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Poema de Tigres e Tiger's Poem

   Poema de Tigres "Tyger!Tyger!burning brightin the forests of the night, What immortal hand or eyeCould frame thy fearful symmetry?" William Blake 01 As garras são meus olhos, Esses que eram de qualquer outro, E na ousadia de minha madrugada Os instalei de súbito em meu corpo. Olhos renascidos de não morrer Onde a morte lhes visita a gravidade. 02 Instantâneos e profundos como a saudade: Noturna matinal arenosa e incômoda. Lobos aves folhas e olhar de um poço, Labirinto circular de meus passos felinos. O tigre dos gritos do meu corpo Arrasto e não ouvem. Desfolho Sem saber, o intento no meu rosto. O Meu Sorriso não tem dizer. 03 Tigres de vôos não vistos, Não há como ver a altura do imprevisto; Nem como fugir a fuga dos que tem sina; Nem como ser luz do que perdeu a vista, Sem ser brilhar e entorpecer. Os designados nunca são inteiros Carregam em seus passos, pés dilacerados: As pernas e os fatos e as dores. 04 Não há destino exato para a semente ...

A deus Curitiba Parte II

A deus Curitiba Parte II Te entrego a deus Curitiba Cidade que sempre nos Pariu pra dentro Moro na Rua Chuta quem nela Mora Água fría no teu sono É o nosso calor umano A vida é mercadoria Para quem nao vale um osso Que é duro de roer Com a morte até o pescoco Curitiba nao me consola A nossa senhora nao dá luz Desconheco com quem falo Só há luz na indiferenca apagada Cantar a cidade E esquecer quem sofre É a cruel sinfonía da nobreza Sustentada por gente que morre De pobre. Julio Urrutiaga Almada

De Olho : Embriagado

Conheci Junkies on the rocks Que tristes pareciam Na meia-noite do mundo Sem música e poesia Trash on the street E pó de nostalgia Andei mil lábios e nem desfaleci E quando de olhos abertos O mundo parecendo certo Mostrou-me o sangue, o fogo e a flor De pronto era Alice e o país das maravilhas Não passava e eu nem sabia De um conto de fados E uma cama para sempre vazia Na última sessão de fotos Um flash dilacerou Meu coração cansado Conheci Junkies on the rocks Em ruas que não eram minhas Em dias que me caçavam De volta às mesmas esquinas Quando a lua já desistia De iluminar sagas ensandecidas Hoje molho no pão vosso de cada dia Minha pena de securas estarrecidas Meu olho quase morto onze da manhã E alguém à espreita da minha fugitiva vida Um amor verso a verso retalhando Minha dor na qual ninguém mais acredita E os maus mal parando em pé Numa solidão de viés quase comprometida Conheci sweet and da...

Fuera de moda (En español)

Un rebaño de ovejas negras Trasquiló al pastor de ropa blanca. No necesita piel ni alma: Quién tiene las prendas tan blancas Quién tiene un habla tan blanda Quien sabe por dónde todos Tendrán el camino correcto Para llegar no sé a dónde; Dios no me obligue Esperar Un juicio. Yo que todavía no soy siquiera una oveja negra. Yo que de los rebaños Quiero distancia Y vestirme Solo con el alma: Que vivir en apariencia Además de maquillar la mirada, Siempre hay una pérdida de tiempo. Quien vive mucho: muere temprano. Julio Urrutiaga Almada, Versión en español del Poema Fora de Moda In Poemas Mal_Ditos

Aún Arde

O Livro Aún Arde é Poesia escrita em espanhol. Deposite sua contribuição de R$ 20,00 ou mais, na conta informada, me mande um email  para juliourrutiaga@gmail.com e enviarei o livro eletrônico. Um Grande Abraço Julio Urrutiaga Almada Conta Banco: Caixa Econômica Federal Conta: 00417760-8 Agência: 0217 Operação: 013 Um Grande Abraco

Quer realmente um ano novo?

Quer Realmente um Ano novo? Quer realmente um ano novo, novíssimo? Não vista cor assim ou assado. Não queime milhões de velas. Não peregrine até a porta do curral. Vista a cor da ousadia.Queime teu corpo com entusiasmo.Peregrine pulando desordenamente até os lugares que tu não conheces. Atravesse a rua.É. caminhando. E levante a cabeça e veja de longe a caixa aonde estavas.O ponto de observação imóvel ao que estavas condenado. Cumprimente, olhe para o outro, fale algo para ver se ele fala tua língua e se não for assim, quem sabe tu possas algo novo: que existe gente diferente e que sendo diferente todos faremos a diferença. Há quanto tempo não fazes algo novo? É, eu sei. Não se muda o que está dando certo. Aliás, é um ótimo resultado ter stress, dores, viver sempre a procura de um medo novo, só para que todos reconheçam esse é um homem de sucesso:sacrificado e obediente. Se divirta. Não faça o que está aprovado.Rotina não é diversão. Esqueça do conforto do sei que será a...

50 Anos

Eu quero brilhar na alma da tua mão Estrela candente de hora incomum Onde a morte do: tempo solidão Mate a morte de cada um. Julio Urrutiaga Almada Dia 15 de Junho de 2019: Completei 50 anos: Para celebrar estou oferecendo o e-book 50 com 50 poemas de diferentes fases. Compre o seu e conheça um pouco da minha poesia. Deposite 15,00 na conta abaixo e envie um email para juliourrutiaga@gmail.com e lhe enviarei o e-book. Conta Banco: Caixa Econômica Federal Conta: 00417760-8 Agência: 0217 Operação: 013 CPF: 73709689953 aparecerá o nome Marco Antonio de Moraes e Silva Filho: Julio Urrutiaga Almada é o Pseudonimo de  Marco Antonio de Moraes e Silva Filho Obrigado

14 anos de LIvro dos Silêncios

O livro dos silêncios foi escrito em um só dia: 02/12/2005 e completa 14 anos. Repleto de recursos sonoros fala do silencio nas relações. Quem quiser comprar o livro em sua versão eletrônica, envie um e-mail para: juliourrutiaga@gmail.com

Outra História de Calar

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?” (Fernando Pessoa) Ela quis partir. Não foi embora de nada do que tinham de precioso, pois ela não queria chorar a ausência das bagagens. Não carregou nos lábios densos e sedentos a hora inevitável do outro beijo, que era o primeiro, feito anseio pelo segundo, desespero pelo terceiro, vertigem pelo vale povoado de beijos ciumentos, disputando sempre a preferência. Um beijo sepultou o outro e desmemoriado com ela partiu. Ela não queria perder e para isso não teve. Podemos achar o amor por ele oferecido, embrulhado em rara seda, em uma das calçadas do tempo, pisado pela dolorosa oração: “Ah, se nós tivéssemos nos conhecido em outro momento da minha vida.” Não sei dela. Partiu. Dele sei que calou. Anda correndo por um túnel de silêncio. O silêncio costuma testemunhar o enterro de dores e o combate dos desejos. Julio Ur...

Um Chapéu para o Crepúsculo

“Mas o que vou dizer da Poesia? O que vou dizer destas nuvens, deste céu?olhar,olhar,olhá-las, olhá-lo, e nada mais.Compreenderás que um poeta não pode dizer nada da poesia. Isso fica para os críticos e professores. Mas nem Tu, nem eu, nem poeta algum sabemos o que é a poesia.” Federico Garcia Lorca Antônio ou Bernardo ou Miguel. Não lembro seu nome. Ele escrevia um poema há 30 anos e, não o havia terminado. Faltava a percepção particular do momento secreto em que a madrugada, desnuda e com ousadia, pretende se vestir de amanhecer. Os amigos o chamavam de caçador de crepúsculos. Outros de maluco, mesmo. Assim, quinta para sexta ou sexta para sábado, ou desde qualquer madrugada, suspeita de tresloucadamente, converter-se em amanhecer, podíamos ver Antônio ou Bernardo ou João- já disse que não lembro o nome dele – entretido em conversas várias, menos sobre amanheceres ou fracas luminosidades, pois os seus amigos eram loucos de outra categoria. Enquanto esperava a visão do qu...

Nenhum dos ponteiros

Nenhum dos ponteiros “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, não seria nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada me aproveitaria.” (Carta de S. Paulo aos Coríntios) Ele ainda a amava. Nas sextas-feiras e algumas vezes nas segundas, esquecia não ter encontro algum marcado e sentava-se no mesmo banco de praça de tempos atrás. Sem consultar o relógio: Sua esperança era a de todas as horas. Indiferente ao insucesso da espera, retirava o bloco: folhas antigas, novas, para apontar as dores freqüentes. Folheando o caderno velho encontrava a foto dela e como se alguma vez em sua vida a houvesse esquecido, sua...

Poeta

Asfixia Versificar é moer o grito Do não sonoro com as mãos do ouvido Estender a presa respiração e O suspiro O desenho Invade a tesoura do infinito. Julio Almada Explica estrelas: sacia sedes: defende orvalhos: apascenta lobos: louva gostos: acaricia farpas: grita: geme: reflete: sangra: anuncia: bebe estrelas: sabe de saudades: verte cheiros doces: trança alvoradas e ocasos: grita o grito dos calados: engendra o erro dos sábios: afia o consolo dos caminhos: desenha o verbo das folhas do outono: invade a casa do impreciso: embebe de prazer o constante: inflama a flor dos campos: corrói a erva-daninha: raspa o segredo da lua: planta flores em seu corpo: diverte-se com o silêncio: fala a língua nascitura: bebe a ousadia das eras: desenha a flor da morte prenunciada: conversa primaveras, outonos, invernos, verões e verossimilhanças. Beija tempos e fatos inverossímeis: verbo, adjetivo e substantiva o desconhecido: ignora último e primeiro: legisla com a memória a dor de seu t...

Alquimia

Um poeta cozinheiro Dado a fogueiras de hálitos Doces Titubeante e corriqueiro Perdeu a vida Não as flores Suas mãos de luto Perfumadas e findas Cozerão tomate e alga Na vertente marinha Dando aos olhos do céu Um mosaico de peixes suicidas. Do Livro Hora Tenaz

A Deus Curitiba

Te entrego a Deus Curitiba Cidade que sempre nos pariu Pra dentro Que sempre fez vista grossa E um olhar sonolento De todos tão iguais e todos Separados cruelmente Do olhar longe de E a resposta gemendo em silêncio Não fale com estranhos Mas por favor não se assuste no espelho Acho que já faz tempo que o outro Não te consegue mostrar você mesmo Aqui aprendo a morrer e peço Não me mostre vida em polvorosa Porque eu verso sobre ficar na minha Só pra não sair de moda. Julio Urrutiaga Almada In De Olho: Embriagado

Alma Andariega

Alma Andariega Walking Around Sucede que me canso de ser hombre. Sucede que entro en las sastrerías y en los cines marchito, impenetrable, como un cisne de fieltro Navegando en un agua de origen y ceniza. Pablo Neruda Hay una media tinta en la palidez hoy Los saciados forjan en La fuente: La risa abierta de los dias vividos a medias El color sangra luz Del asfalto vacio Y tumban los muros golpeados por años Hay uma media tinta en la palidez hoy Y El dolor al doler habla Un idioma raro Ya no sé nada de lo que me falta Ya me hace falta saberlo todo Hay una media tinta en la palidez hoy: Las manecillas apuntan: yo: hace semanas La soga deshuesa los barcos y reclamo: Hay una media tinta en la palidez hoy Hay una ausencia serena de colores En lo que huye. Hay una ausencia en La flor y me consume.  Mis ojos. Mi sangre. Mi nombre. Hay una media tinta en la palidez hoy Y un amor de asalto preso en La garganta Un balde ...

Súplica(En Español)

Amame Harías Lo inevitable Si el amor reflexionado no fuera El imponderable Si el amor no fuera lo temporal Si lo imposible no fuera lo necesario Si lo mio siempre no fuera el aunque. Julio Urrutiaga Almada, Versión en español del Poema Súplica In Poemas Mal_ditos

Cómo somos

Cómo somos Infecundo nudo, o será fecundo, en las entrañas, ¿De la tierra fascinante, presa a nosotros? La corriente medula y somos solos, Millones de soles pequeños enfriando. La playa que faro lejano De alas arenosas, erguidas. Verdes, son los ojos, que busco, En ese mar de alas arenosas. La playa que luna transpuesta Fuente de sorpresas inaccesibles. Aguas, cráteres inexistentes, de las risas, En la distancia, de suspiros infranqueables. La playa que verso verdugo. Las arenas emigran, así quiero El mar, que deposita, los secretos Misterios, en los ojos que traigo.

Em Terra de Cegos

Nessa piscina cheia de ratzingers Me banham em acido nostálgico Furando-me olhos em indecifrável Odor de um paraíso imaginário De mão dadas com minhas cadeias Os cães no olho mágico Dividiram a fome do espelho Para que querem saber o que Se mantém vivo ou desperto Se dentro da alma os ratos Esgotam o caminho dos esgotos? Julio Urrutiaga Almada  Do livro De Olho:Embriagado

Receituário

Já avisei, aviso sempre Me matem antes da meia-noite Se não o fazem que agüentem Ou me parem com açoite Se baterem pouco: A coisa aperta. Meu coração estanca a estaca Bala de perto não é: a de prata. Julio Urrutiaga Almada Do Livro Poemas Mal_Ditos

Soprinho

Eu flerto com a morte A vida é um desdém de tanto esperar a sorte muitas vezes me atrasei. O tempo pensa deter-me e eu nem sei quanto me resta ainda de tudo que já deixei. Do Livro O amor é um precipício do cão