Skip to main content

Posts

A Deus Curitiba

Te entrego a Deus Curitiba Cidade que sempre nos pariu Pra dentro Que sempre fez vista grossa E um olhar sonolento De todos tão iguais e todos Separados cruelmente Do olhar longe de E a resposta gemendo em silêncio Não fale com estranhos Mas por favor não se assuste no espelho Acho que já faz tempo que o outro Não te consegue mostrar você mesmo Aqui aprendo a morrer e peço Não me mostre vida em polvorosa Porque eu verso sobre ficar na minha Só pra não sair de moda. Julio Urrutiaga Almada In De Olho: Embriagado

Alma Andariega

Alma Andariega Walking Around Sucede que me canso de ser hombre. Sucede que entro en las sastrerías y en los cines marchito, impenetrable, como un cisne de fieltro Navegando en un agua de origen y ceniza. Pablo Neruda Hay una media tinta en la palidez hoy Los saciados forjan en La fuente: La risa abierta de los dias vividos a medias El color sangra luz Del asfalto vacio Y tumban los muros golpeados por años Hay uma media tinta en la palidez hoy Y El dolor al doler habla Un idioma raro Ya no sé nada de lo que me falta Ya me hace falta saberlo todo Hay una media tinta en la palidez hoy: Las manecillas apuntan: yo: hace semanas La soga deshuesa los barcos y reclamo: Hay una media tinta en la palidez hoy Hay una ausencia serena de colores En lo que huye. Hay una ausencia en La flor y me consume.  Mis ojos. Mi sangre. Mi nombre. Hay una media tinta en la palidez hoy Y un amor de asalto preso en La garganta Un balde ...

Súplica(En Español)

Amame Harías Lo inevitable Si el amor reflexionado no fuera El imponderable Si el amor no fuera lo temporal Si lo imposible no fuera lo necesario Si lo mio siempre no fuera el aunque. Julio Urrutiaga Almada, Versión en español del Poema Súplica In Poemas Mal_ditos

Cómo somos

Cómo somos Infecundo nudo, o será fecundo, en las entrañas, ¿De la tierra fascinante, presa a nosotros? La corriente medula y somos solos, Millones de soles pequeños enfriando. La playa que faro lejano De alas arenosas, erguidas. Verdes, son los ojos, que busco, En ese mar de alas arenosas. La playa que luna transpuesta Fuente de sorpresas inaccesibles. Aguas, cráteres inexistentes, de las risas, En la distancia, de suspiros infranqueables. La playa que verso verdugo. Las arenas emigran, así quiero El mar, que deposita, los secretos Misterios, en los ojos que traigo.

Em Terra de Cegos

Nessa piscina cheia de ratzingers Me banham em acido nostálgico Furando-me olhos em indecifrável Odor de um paraíso imaginário De mão dadas com minhas cadeias Os cães no olho mágico Dividiram a fome do espelho Para que querem saber o que Se mantém vivo ou desperto Se dentro da alma os ratos Esgotam o caminho dos esgotos? Julio Urrutiaga Almada  Do livro De Olho:Embriagado

Receituário

Já avisei, aviso sempre Me matem antes da meia-noite Se não o fazem que agüentem Ou me parem com açoite Se baterem pouco: A coisa aperta. Meu coração estanca a estaca Bala de perto não é: a de prata. Julio Urrutiaga Almada Do Livro Poemas Mal_Ditos

Soprinho

Eu flerto com a morte A vida é um desdém de tanto esperar a sorte muitas vezes me atrasei. O tempo pensa deter-me e eu nem sei quanto me resta ainda de tudo que já deixei. Do Livro O amor é um precipício do cão

Caderno de Ontem - Contos curtos

O Livro Caderno de Ontem tem 90 narrativas curtas.Ainda que, existam os insistentes em rotular as prosas marcadas pelos signos comuns do autor(que escreveu muita poesia), como prosa poética,consta para mim, uma linguagem bem direta nesses relatos em cafés ou outros refúgios.Foram contos curtos escritos em 2006, inéditos até o momento. Leia um dos tantos contos com nome feminino como título: Valéria ...a cada dia uma mulher diferente, as pequenas flores circundavam as brancas maiores, pequenas e espiraladas, um estilizar de pétalas imitando o labirinto no vestido. Não há como evitar a ilusão de múltiplos caminhos - de todas as imagens, labirintos: espirais, angulares, retilíneos - detentores de no máximo duas ou três reais saídas, para os começos despercebidos. Sua maneira de ser todas as mulheres que ela era: superava expectativas e barreiras. O cabelo tinha cores metamórficas, brotadas de si mesmo. O tom do corpo era o da sua alma, alçando Vôo ou ...

Heracles

Ninguém sabe Degustar um segredo. Ele tem a cara De um Câncer. Ele tem o cheiro De um medo. Eu verto silêncios E aromas de baunilha Nesses dias entristecidos. Eu perambulo Pelos endereços Inábeis Dos tempos felizes. Eu sofro De amores voláteis Desandando A maionese dos magos. Flor de um asfalto retrátil Devorador de pernas dóceis E sonhos contidos. Esvoaço a vida Se esvoaçada Deixa-se. Falo a verve Descontrolada Dos abismos. Amo a febre Dos meus sentidos: Voz embargada. Desavisado sorrio Os dias me dilaceram Na sorte que anunciam. Dobro a esquina Cruzo o rio Sangro desaparecido. As mãos prenunciadas São a febre Das horas enraivecidas. O olho inerte É o remorso Do tempo vencido. A outra margem O rosto da correnteza cortada. Palidez é a cor mais selvagem à mim permitida. Morrer centenas De vezes e não Morrer sequer um di...

Beira do Caminho

O livro Beira do Caminho reúne poemas selecionados de 5 livros de Julio Almada. Leia a seguir, a apresentação de cada conjunto de poemas inseridos no livro: LIVRO DOS SILÊNCIOS “Contrariando minhas premissas, este livro, surgiu de um propósito, aparentemente racional e, como um desabafo do silêncio, fluiu vertiginosamente, de sobressalto, nas contadas horas, de um só dia.” 02/12/2005 Publicado em Abril de 2006, Editora Corifeu, 39 poemas sobre o silêncio nas relações. Conheça um dos Poemas: Brilho de uma lua Desnuda a lua? Desnudos, estamos nós, Cobertos de alguns veludos, Tecidos longe da voz, Dos nossos, muitos sentidos. Nudez absoluta, Despidos do que já fomos. Luz seduzida. Réstia sem crisântemos. Nu seria bom, Achar-me, Entre os pertences, Ao qual pertenço. O imenso Que me pertence Ao desnudar-me. Julio Almada In Livro dos silêncios INSTANTÂNEO ENLACE O Primeiro nome, deste livro, “pode reunir-se...

Máquina de Moer Carma

O Poema fôlego: Máquina de Moer Carma, virou poema livro com seus 320 e tantos versos. Leia o começo, é um meio de querer ir até o fim: Máquina de Moer Carma Quero essa poesia morta De orelha a orelha Nós que não teremos paraíso Não quero o aviso Insosso De nenhum Bom Sense Sem inocência Que virou almoço Ou lugar-tenente De algum lumpem inteligentsia Quero ao menos A suja fossa limpa E a sincera indecência O sistema de moer almas Nos quer desprovidos De qualquer amor À narina Desprovidos da Arte do cheiro Ao inalar morte marinha Sugamos com desespero Fuligem e honraria Por falta de fome e exemplo Sou ainda o mesmo homem Nome extenso pra guarida Solidão pra passatempo Comendo o momento Me empanturro de futuro E embriagado de ar Nada me dói, eu juro E mais pra dizer, diria O desuso do silêncio Há freio no amor puro E excesso de conselho Em excesso sem belo Estátuas de sol Ex-tratos humanos A te...

Fora de Moda

Um bando de ovelhas negras Tosou o pastor de roupas brancas. Não precisa de pele nem alma: Quem tem as vestes tão alvas; Quem tem as falas tão brandas; Quem sabe por onde todos Têm o modo certo De chegar não sei onde; Deus me livre esperar Um julgamento. Eu que ainda não sou nem ovelha negra. Eu que de rebanhos Quero distância, E me visto Só com a alma: Que para viver de aparência Além do olhar maquiado, Sempre há um gasto de tempo. Quem vive muito: morre cedo. Julio Urrutiaga Almada - Do Livro Poemas Mal_Ditos

Outra História de Calar

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?” (Fernando Pessoa) Ela quis partir. Não foi embora de nada do que tinham de precioso, pois ela não queria chorar a ausência das bagagens. Não carregou nos lábios densos e sedentos a hora inevitável do outro beijo, que era o primeiro, feito anseio pelo segundo, desespero pelo terceiro, vertigem pelo vale povoado de beijos ciumentos, disputando sempre a preferência. Um beijo sepultou o outro e desmemoriado com ela partiu. Ela não queria perder e para isso não teve. Podemos achar o amor por ele oferecido, embrulhado em rara seda, em uma das calçadas do tempo, pisado pela dolorosa oração: “Ah, se nós tivéssemos nos conhecido em outro momento da minha vida.” Não sei dela. Partiu. Dele sei que calou. Anda correndo por um túnel de silêncio. O silêncio costuma testemunhar o enterro de dores e o combate dos desejos. ...
1 e 11 Um e onze dizem sim no meio céu fiquei pregado Eu e ao lado teu nunca enfim Absorto no ontem Dos teus lábios Transitando entre Cirrus e nefastos Os Amores infestados De pudor, azia, Fóbicos, Fortes Enclausurando Olhos flamejantes E Há braços pouco módicos. Enlameias meu sim Embaraças meu não Jaz na sombra O presente Por nós nunca Tocado Dias para aniquilar O Hoje: Mal Passado. Quer receber o livro em formato eletronico?  julioalmadaescritor@gmail.com