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Canto Inflado Amor é noite que te canto Mas o que é noite? É quando afoito treme na Janela: não ser teu corpo. Amor já te pensei estrela Nuvem, roçar de terra Amo-te muito e pouco E o que me tem absorto É olhar-te ao não ver-te Sendo o dito o pensado E o sentir o do abandono. Não queria amor cantar Nem adeus nem saudade Nem nada O entreabrir de tua voz Aveludada ao beijar-me É o sonho dessa tarde. Como sonho, como adianto, Um relógio que não anda. Vivo tudo e nada Esse suar tua falta tenta estancar. O alarido das nuvens áridas São flores perfumes só das tuas Maçãs do rosto e olhares Naufragar em ti é levitar. Julio Almada do Livro Hora Tenaz
O que fez em mim o chocolate “Metade dos nossos erros na vida nascem do fato de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir.” (J. Collins) A sombra do que fomos não faz nem sombra. Na tez cinza, do rosto que posso lembrar, encaro o cotidiano da fotografia como um espelho. Espelho de bisturis e estiletes que te rouba o sorriso e a face, nesses dias em que a única maneira de suportar olhar para dentro, é fingir que só vês o que está la fora. Nesses dias em que me lembro: Aquele nosso futuro é coisa do passado.As cascas do tempo, a sombra das árvores, o doce maduro dos teus olhos que me ensinaram algo de mim mesmo.Morri muitas vezes, mas a única vida depois da morte, que me aguça a febre dos sentidos, era a turbulência plácida de roçar teu corpo pretendendo invadir com loucura, o som inexplicável de nosso silêncio. Julio Almada do Livro Caderno de Ontem
Valéria “Parecemos tão livres - e estamos tão encadeados... “ ( Robert Browning) ...a cada dia uma mulher diferente, as pequenas flores circundavam as brancas maiores, pequenas e espiraladas, um estilizar de pétalas imitando o labirinto no vestido. Não há como evitar a ilusão de múltiplos caminhos - de todas as imagens, labirintos: espirais, angulares, retilíneos - detentores de no máximo duas ou três reais saídas, para os começos despercebidos. Sua maneira de ser todas as mulheres que ela era: superava expectativas e barreiras. O cabelo tinha cores metamórficas, brotadas de si mesmo. O tom do corpo era o da sua alma, alçando vôo ou arremessada. Os lábios de mordiscar-se acendiam rubras faces. E não havia movimento de dança mais inusitado do que a forma renovada de suas sobrancelhas. Nela vi e perdi de vista: muitas mulheres. Outonais ou primaveris, escandalizando ou escandalizadas e como não poderia deixar de ser, entre o modo de ninguém e de todas, havia no seu olhar a ...
Frequento cafeterias para escrever. Estarei no Café Ghignone Sexta-Feira 22/07. Será 01 oportunidade para conversar e conhecer o Livro Noite de Tigres e o Livro De Olho:Embriagado(Contos e Poemas). Data: 22/07/2011 - 17:30 às 19:00 Local:Café Ghignone - Café da Livraria -Sobreloja End:Rua Comendador Araújo 534-Curitiba - PR R$ 10,00 cada livro. os dois por apenas R$ 15,00   Quem quiser receber pelo correio mande um e-mail para: julioalmadaescritor@gmail.com
Frequento cafeterias para escrever. Estarei no Café Ghignone quarta-Feira 15/06.  Será uma oportunidade para conversar e conhecer o Livro Em um Mapa sem Cachorros, o Livro Poemas Mal_Ditos e o Novo Livro De Olho:Embriagado(Contos e Poemas).   Será um prazer sua presença. Um Grande Abraço   Data: 15/06/2011 - 17:00 às 19:00 Local:Café Ghignone - Café da Livraria -Sobreloja Endereço:Rua Comendador Araújo 534-Curitiba - PR
Estado das Coisas Pele e ossos Cadê a vestimenta? Entre destroços Que a guerra ostenta. Olhos escurecidos Cadê a maquiagem? Entre feridos Que as armas coagem. Cabelos desgrenhados Cadê o Pente? Entre petardos Que caem de repente. Corpos desfigurados Cadê a compostura? Entre soldados Que vivem a aventura. Almas sem Corpos Cadê a Escritura? Entre mortos Que saem a procura. Julio Almada,Instantâneo Enlace ------------------------------------------------------------------- English Version By Julio Almada State of Things Skin and bones Where's the garb? Wreckage tones: In the war yard. Darkened Eyes Where's makeup? Blooded skies: Weapon buildup. Unkempt hair Where's the Comb? Damn stair: Gust bomb. Mangled bodies Where's countenance? Fire belfries: Take chance. Souls without substance Where’s the word? Life’s distance Death's armored. Julio Almada - 05/05/2011
  I was Invited to the Festival Ibero-American Poetry "Salvador Diaz Miron" to be held in Mexico in June representing the Basil.Need support to attend the event.Thanks for the help and ideas that can be given!  ----------------------------------------------------------------- Fui Convidado para o Festival Ibero-Americano de Poesia "Salvador Diaz Miron" que acontecerá no México em Junho.Foram convidados Poetas detodas as Américas e Europa.  Estou procurando apoio para participar do evento! Agradeço idéias e manifestação de interesse em apoiar essa participação! Peço aos amigos que compartilhem!    Um Abraço ------------------------------------------------------------------ Fui invitado al Festival IberoAmericano de Poesia "Salvador Díaz Miron" en Las Choapas, Veracruz, México y representaré el Brasil. Están invitados escritores de las Américas y Europa. Necesito apoyo para participar del evento! Agradezco a los que puedan sugerir ideas y ...
Fiapos Meu coração tem dorso de pedra Navegou águas para esconder-se Esfrega com frio os olhos de relva Afogado em sua própria sede. Meu coração tem falta de nome Incrédulo por insólito Sonoro por silencioso Amante por inconforme. Meu coração não tem coração Partiu em suas viagens Recorrente em busca de Dissolveu-se. Julio Almada
Mergulho “As mulheres começam por resistir aos avanços de um homem e terminam por bloquear a sua retirada” Oscar Wilde Medo estranho. Estranho sim. Diferente. Incomum. Suspeito que os medos apesar de freqüentes e íntimos e viscerais não pertencem à categoria das coisas comuns. Gosto de dicionários, vejamos o que um deles me diz: Comum adj. 1.Pertencente a todos ou a muitos. 2.Habitual, costumeiro. 3. Banal,Trivial. – O dicionário estava aberto e percorri sem medo, isto é importante, as muitas páginas que distanciam comum de medo naquele livro e, depois de ler a definição de medo ali contida, digo, é maior a distância dos dois no dicionário do que no correr dos dias – Medo sm. Sentimento de inquietação ante a vivência de uma ameaça real ou imaginária; receio, temor. Imaginária ou imaginário, mais perto de medo no dicionário do que comum, digo, do que a palavra comum. Imaginário adj 1. Que existe apenas na imaginação; ilusório...... Estranho: Povoando por primeir...
Franco-atirador Dor descascada é conto inútil: Desandou meu olho nu, há três dias. Minhas mãos tremulam sua falta de ossos. Ana ou Ela escapou pela fenda da sombra. Nem todo que fala nomeia. Nem todo que mente esquece. O oculto é um fel de segundos E a solidão me anoitece. Desdizer os fez imundos Verto água nessas falhas. Dedo certeiro: minha língua ferina. E o dia a dia : um açoite De tempo: desfeito faz tempo. Quem é o alvo do meu segredo? Quem é a flama de mim? Morro de novo e é cedo Volto de novo :não é o fim. Teu destino um assoalho brilhoso Um espelho de vozes fingidas. E o meu: abismo assombroso, De raízes e espadas antigas. Nesses tempos a dor é Nossa única trincheira O olho no olho, a fé Um disparo de vida inteira. Julio Almada
Nenhum Trem Os trilhos, vindos de promessas cumpridas ou decepções, cortavam o interior do país, com histórias para todos os gostos e desgostos e, invadiam a vista dos transeuntes com seu estar urbano, para presenciar como se traga a vida, nas cidades, sem se sorver seu sumo. Julio Almada do Livro caderno de Ontem
Quero uma TV de LSD O juízo final está com tempo contado, mas demorou muito e não sei entender a crise mundial.O que me plasma o coração, é saber que devo ver algo diferente que com frequÊncia me mostram as estaiticas mantidas pela audiência.A riqueza sofre sua asfixia, porque diariamente, para manter cada coisa em seu lugar, o que se produz,tarda a ver sua florescência. Julio Almada In De Olho: Embriagado
Paixão Quando teu amor Transpasse meu corpo E emudeça minha voz. Estarei eu aqui náufrago Desse instante voraz Todos teus poros em mim. Como tempestade: Desfazendo dois corpos Em alto-mar! Julio Almada In Instantâneo Enlace
Arde Arde en mi cuerpo La falta del tuyo. Hierve mi sangre Tus ojos cerrados Cierro los míos Escojo tús labios No los encuentro En dolor me abro Corto los nudos De la soga del tiempo Caigo en el abismo De tu silencio. Amo el amor que me sostiene Brillo en la sombra en que me quiere Arde hoguera no tenerte Cortame rama desearte Lejos mí cuerpo se deshace Al añorarte. Julio Almada In Arde
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Eu E Adriano Smaniotto estaremos no Café do paço da liberdade: 05/06/2010
Estado das Coisas Pele e ossos Cadê a vestimenta? Entre destroços Que a guerra ostenta. Olhos escurecidos Cadê a maquiagem? Entre feridos Que as armas coagem. Cabelos desgrenhados Cadê o Pente? Entre petardos Que caem de repente. Corpos desfigurados Cadê a compostura? Entre soldados Que vivem a aventura. Almas sem Corpos Cadê a Escritura? Entre mortos Que saem a procura. Julio Almada,Instantâneo Enlace
Fora de Moda Um bando de ovelhas negras Tosou o pastor de roupas brancas. Não precisa de pele nem alma: Quem tem as vestes tão alvas; Quem tem as falas tão brandas; Quem sabe por onde todos Têm o modo certo De chegar não sei onde; Deus me livre esperar Um julgamento. Eu que ainda não sou nem ovelha negra. Eu que de rebanhos Quero distância, E me visto Só com a alma: Que para viver de aparência Além do olhar maquiado, Sempre há um gasto de tempo. Quem vive muito: morre cedo. Julio Almada, Poemas Mal_Ditos