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Eu E Adriano Smaniotto estaremos no Café do paço da liberdade: 05/06/2010
Estado das Coisas Pele e ossos Cadê a vestimenta? Entre destroços Que a guerra ostenta. Olhos escurecidos Cadê a maquiagem? Entre feridos Que as armas coagem. Cabelos desgrenhados Cadê o Pente? Entre petardos Que caem de repente. Corpos desfigurados Cadê a compostura? Entre soldados Que vivem a aventura. Almas sem Corpos Cadê a Escritura? Entre mortos Que saem a procura. Julio Almada,Instantâneo Enlace
Fora de Moda Um bando de ovelhas negras Tosou o pastor de roupas brancas. Não precisa de pele nem alma: Quem tem as vestes tão alvas; Quem tem as falas tão brandas; Quem sabe por onde todos Têm o modo certo De chegar não sei onde; Deus me livre esperar Um julgamento. Eu que ainda não sou nem ovelha negra. Eu que de rebanhos Quero distância, E me visto Só com a alma: Que para viver de aparência Além do olhar maquiado, Sempre há um gasto de tempo. Quem vive muito: morre cedo. Julio Almada, Poemas Mal_Ditos
Historinha Comprei uma flor assassina Dessas que te grudam os espinhos Dessas que te olham de mansinho Dessas que nunca dizem jamais E foi em uma tarde de abril Eu: o homem de outubro Eu que maio esperava Para observar junho. Comprei uma flor assassina Diziam não perca a oferta. E hoje a noite é longínqua. E hoje a flor é incerta. E hoje –o amanhã do ontem- Me olha e me compra. Eu que dizia: não estou à venda. Eu de olhos abertos: Aparo com as mãos cortadas: Meu coração de desertos. Julio Almada do Livro Em um Mapa sem Cachorros Mais textos: www.bloguerocoisanenhuma.blogspot.com
Poema da Face                                                                          Para Serena Coltrane-Briscoe 1 Eu sou homem que cala Sei que sou fuga e solidão Mas disse que calo E nem isso faço Corro para pegar as palavras Até a mim embaraço Do que fujo? Do que calo. Queria dar nome às iras Retirar-me de minhas ilhas Gritar o nome do que sou Seja lá o que for. 2 Encarcerei o cão Ouço-o afiar Os dentes Na grade do meu coração. Ouço-o forçar as patas E o barulho do que ele é Cala o ruído do que sou Não o sinto, ouço-o. É de ouvido o meu ser Com ele. É de ouvir E de ensurdecer. E...
Fábula Amor, hoje era o dia da nebulosa Névoa dos meus olhos, falsa rédea, Do ver e não ver, brisa brilhosa Limbo do amargo desdizer e sorrir Amor, hoje cortei-me de azulejos e vidraças E fui feliz, distraído, enquanto a dor acenava Amora amarga o riso para mim negado No amor amorfo de nenhum entusiasmo Amor, hoje o silêncio era a garganta da Gritaria Os olhos cedidos no dia em que nasci, arenosos Senti amor,amor e a busca na tarde esvaindo O pulsar descontente do sangue que me fervia. Julio Almada
Livro Com a trilogia Noite de Tigres,Poema de Tigres e Tigre de Asas. Trabalho encenado em performance teatral. A natureza humana e animal entrelaçada, instinto,emoção e fogo:do espírito até o corpo. Um Grito com garras,suor e gemidos. Um Trecho do Poema de Tigres: Poema de Tigres "Tyger!Tyger!burning bright in the forests of the night, What immortal hand or eye Could frame thy fearful symmetry?" William Blake 01 As garras são meus olhos, Esses que eram de qualquer outro, E na ousadia de minha madrugada Os instalei de súbito em meu corpo. Olhos renascidos de não morrer Onde a morte lhes visita a gravidade. Leia mais: Mande um e-mail para julioalmada@gmail.com
Um Novo Conto do Caderno de Ontem no Bloguero: www.bloguerocoisanenhuma.blogspot.com
Rastros Si hubiera quedado En mi rastro de sangre Cualquiera de los ríos De tus tiernas miradas El rojo peregrino de mis venas Rosas dulces y pequeñas Tendria sembrado Hoy son aquellos colorados viajeros Dos enloquecidos sombreros De saliva y fuego quemado. Julio Almada In Arde
Hoje Ouvi um poeta vivo de sua própria boca e ele estava meio morto matando à queima roupa com a língua devolvendo o fogo da alma imenso: E estava meio falho E o faziam muito leve E Ele muito Denso: Dissolveu à flor da pele o vício daquele apelo. Julio Almada 
Asfixia Versificar é moer o grito Do não-sonoro com as mãos do ouvido. Estender a presa respiração e O suspiro. O desenho Invade a tesoura do infinito. Julio Almada In Beira do Caminho
Lo Que Dicen Ayer me dijeron amor y yo no escuchaba En otro dia la tristeza en otro alegria Cuantas cosas ya fui y ní palabra Hoy solo el recuerdo de tu mirada. Hoy solo ningun dia ní viernes Hoy esa arena triste en que me paro. Si bebo otra água no es nueva Yo que sé lo nuevo de lo viejo Yo que espio la madrugada Y cosecho em la oscuridad El renacer de las tinieblas, La luz semilla de ver com otros ojos Si es Martes o domingo otra historia Soy el hartar del tiempo explotado: Mi corazon, esa aguja, me despedaza. Ningun llorar. Ya no lo siento. Soy lo que me decian tus ojos Soy la mano tocando tu flor Sin cosechar y tengo en La idea, el aroma del intento De ser lo que yo nunca era Verde al mirar el ser de una flor Hambriento tocado por um porvenir Semilla cargando semilla del amanecer Y um hombre besado por su ardor Falta de la falta y ni tanto Pañuelo deshecho en el llanto. Julio Almada In Arde(Poemas de Amor en Español)
Sofri um acidente retornando de um evento na madrugada de 04/01 e passei por uma cirurgia do úmero fraturado em três partes com deslocamento do ombro:Ficarei ainda mais de dois meses com imobilização(estou entrando na segunda fase da recuperação, procedimento de retirada dos fios de aço e fisioterapia) e não poderei participar de eventos que são parte fundamental de meu trabalho. Então, farei uma publicação de um Livro selecionando poemas de vários livros meus e necessito da contribuição de todos para viabilizar isso. Pode contribuir com 5,00 com 10,00 ou mais se quiser. Enviarei um livro poemas mal_ditos ou Em um Mapa sem Cachorros para quem já tiver o mal_ditos por e-mail para todos que contribuirem! Se cada um ajudar com um pouco a meta logo será atingida,poderei enfrentar esse problema que ocorreu e todos poderão conhecer um pouco do meu trabalho recebendo um livro meu por e-mail com custo baixo!       Para Contribuir depositando na conta : Caix...
Como somos Infecundo nó, ou será fecundo, nas entranhas, Da terra fascinante, presa a nós? Corrente medula e somos sós, Milhões de sóis pequenos esfriando. A praia que farol longínquo De asas arenosas, erguidas. Verdes, são os olhos, que busco, Nesse mar de asas arenosas. A praia que lua transposta Fonte de surpresas inacessíveis. Águas ,crateras inexistentes, dos risos, Na distância, de suspiros intransponíveis. A praia que verso carrasco. Areias emigram, assim quero O mar , que deposite, os secretos Mistérios, nos olhos que trago. 1986 Julio Almada do Livro Instantâneo Enlace
Talvez eu não mais a Encontre Talvez eu não mais a encontre e seja desta forma o tempo nosso açoite. Esvaziada a ampulheta tida como minha e a tua ainda siga respirando outros caminhos. Quem sabe a partida ou o esvaziar não seja linha um círculo enredado em nossa forma de avistar os dias. quem sabe eu queira um recomeço e lançe as mãos para contar o tempo com o inverso da ampulheta. Areia e silêncio desenharão o estar de minha mão em teu detido tempo ou no reter da esperança de alheias vidas que interceptam o roçar suave da solidão que tenho na carícia que anseias. 1999 Julio Almada In Livro Instantâneo Enlace
Receba o Livro Em um Mapa sem Cachorros em qualquer lugar do Brasil sem pagar a taxa de entrega: R$ 19,00(para entregas fora do Brasil ou mais de dois livros, consultar). Quer? Mande um e-mail para : julio.almada@hotmail.com Um abraço
Pensamentos Eu queria te dizer sinto saudades: sinto a dor das amarras: Eu queria dizer venhas logo: sinto a dor de que tu és outro: Eu queria te dizer esvoacemos a vida em algures: sinto a dor de que alguém decide. Eu queria te dizer da dor de meu corpo sem o teu: sinto a dor de ser um sem ser dois e ser dois sem nunca ter sido um. Julio Almada do Livro Caderno de Ontem
Castelos inventados e o grito que me acorda “La del alba sería cuando don Quijote salió de la venta tan contento, tan gallardo, tan alborozado por verse ya armado caballero, que el gozo le reventaba por las chinchas del caballo.” Miguel de Cervantes, Don Quijote de La Mancha As miragens no deserto: oásis projetados de água límpida e outras formas de acariciar o sofrimento e a solidão dos peregrinos e fugitivos: Existem antes ou sempre ou quase sempre esse suposto reino dos castelos inventados, onde o futuro do real está condenado se, a imaginação humana e o grito do pássaro que recusamos ser, forem aniquilados e sutilmente impedidos de beber água e beber tempo e dizer: o impossível é só um modo de chamar o imprescindível. Julio Almada In Caderno de Ontem
Mis cuchillos Hay un silencio en esa noche lo quiero reprochar. si nada escucho afuera la bulla de cualquiera adentro de mí está. Julio Almada