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Showing posts from May, 2018

Caderno de Ontem - Contos curtos

O Livro Caderno de Ontem tem 90 narrativas curtas.Ainda que, existam os insistentes em rotular as prosas marcadas pelos signos comuns do autor(que escreveu muita poesia), como prosa poética,consta para mim, uma linguagem bem direta nesses relatos em cafés ou outros refúgios.Foram contos curtos escritos em 2006, inéditos até o momento. Leia um dos tantos contos com nome feminino como título: Valéria ...a cada dia uma mulher diferente, as pequenas flores circundavam as brancas maiores, pequenas e espiraladas, um estilizar de pétalas imitando o labirinto no vestido. Não há como evitar a ilusão de múltiplos caminhos - de todas as imagens, labirintos: espirais, angulares, retilíneos - detentores de no máximo duas ou três reais saídas, para os começos despercebidos. Sua maneira de ser todas as mulheres que ela era: superava expectativas e barreiras. O cabelo tinha cores metamórficas, brotadas de si mesmo. O tom do corpo era o da sua alma, alçando Vôo ou ...

Heracles

Ninguém sabe Degustar um segredo. Ele tem a cara De um Câncer. Ele tem o cheiro De um medo. Eu verto silêncios E aromas de baunilha Nesses dias entristecidos. Eu perambulo Pelos endereços Inábeis Dos tempos felizes. Eu sofro De amores voláteis Desandando A maionese dos magos. Flor de um asfalto retrátil Devorador de pernas dóceis E sonhos contidos. Esvoaço a vida Se esvoaçada Deixa-se. Falo a verve Descontrolada Dos abismos. Amo a febre Dos meus sentidos: Voz embargada. Desavisado sorrio Os dias me dilaceram Na sorte que anunciam. Dobro a esquina Cruzo o rio Sangro desaparecido. As mãos prenunciadas São a febre Das horas enraivecidas. O olho inerte É o remorso Do tempo vencido. A outra margem O rosto da correnteza cortada. Palidez é a cor mais selvagem à mim permitida. Morrer centenas De vezes e não Morrer sequer um di...

Beira do Caminho

O livro Beira do Caminho reúne poemas selecionados de 5 livros de Julio Almada. Leia a seguir, a apresentação de cada conjunto de poemas inseridos no livro: LIVRO DOS SILÊNCIOS “Contrariando minhas premissas, este livro, surgiu de um propósito, aparentemente racional e, como um desabafo do silêncio, fluiu vertiginosamente, de sobressalto, nas contadas horas, de um só dia.” 02/12/2005 Publicado em Abril de 2006, Editora Corifeu, 39 poemas sobre o silêncio nas relações. Conheça um dos Poemas: Brilho de uma lua Desnuda a lua? Desnudos, estamos nós, Cobertos de alguns veludos, Tecidos longe da voz, Dos nossos, muitos sentidos. Nudez absoluta, Despidos do que já fomos. Luz seduzida. Réstia sem crisântemos. Nu seria bom, Achar-me, Entre os pertences, Ao qual pertenço. O imenso Que me pertence Ao desnudar-me. Julio Almada In Livro dos silêncios INSTANTÂNEO ENLACE O Primeiro nome, deste livro, “pode reunir-se...

Máquina de Moer Carma

O Poema fôlego: Máquina de Moer Carma, virou poema livro com seus 320 e tantos versos. Leia o começo, é um meio de querer ir até o fim: Máquina de Moer Carma Quero essa poesia morta De orelha a orelha Nós que não teremos paraíso Não quero o aviso Insosso De nenhum Bom Sense Sem inocência Que virou almoço Ou lugar-tenente De algum lumpem inteligentsia Quero ao menos A suja fossa limpa E a sincera indecência O sistema de moer almas Nos quer desprovidos De qualquer amor À narina Desprovidos da Arte do cheiro Ao inalar morte marinha Sugamos com desespero Fuligem e honraria Por falta de fome e exemplo Sou ainda o mesmo homem Nome extenso pra guarida Solidão pra passatempo Comendo o momento Me empanturro de futuro E embriagado de ar Nada me dói, eu juro E mais pra dizer, diria O desuso do silêncio Há freio no amor puro E excesso de conselho Em excesso sem belo Estátuas de sol Ex-tratos humanos A te...