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A Deus Curitiba








Te entrego a Deus Curitiba

Cidade que sempre nos pariu

Pra dentro

Que sempre fez vista grossa

E um olhar sonolento

De todos tão iguais e todos

Separados cruelmente

Do olhar longe de

E a resposta gemendo em silêncio

Não fale com estranhos

Mas por favor

não se assuste no espelho

Acho que já faz tempo que o outro

Não te consegue mostrar você mesmo

Aqui aprendo a morrer e peço

Não me mostre vida em polvorosa

Porque eu verso sobre ficar na minha

Só pra não sair de moda.



Julio Urrutiaga Almada In De Olho: Embriagado

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Copiei e bloguei, meu caro amigo. Mande a conta, mas pegue leve: sou apenhas um aposentado sem eira nem beira.
http://prcequinel.blogspot.com.br/2014/10/te-entrego-deus-curitiba.html

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Posfácio  Julio Urrutiaga Almada  Inevitável, será ou seria, começar esta apreciação, citando ou se exercitando como um felino, depois de tanta embriaguez literária ou à moda Baudelaire, qualquer embriaguez que nos salve desta tacanha quase existência ou reflexão disforme. Mas, nada nos salvará. E acredito que só a felina vontade de impor-se nos impostará a voz até onde seja devido ou buscado. Começo a felinear pelo livro, bem fodido, às 6 da manhã. De quem não deseja oferecer-nos a poesia como comida rápida, devemos esperar Hemistíquios conectando-nos à montanha-russa do poeta feito à forja do dia a dia e respirando tradição que luta para reinventar-se. Nem poeta certificado de escritório, nem transeunte que se esqueceu em alguma esquina já tomada pelos donos da terra. Poesia viva reivindicando soar como música e ser vista como baile. E escuto do Poeta os primeiros versos a girar em meu oficio de leitor:  nunca fui capaz de ter um plano nesta terra redonda e [chata sou a...
Um Novo Conto do Caderno de Ontem no Bloguero: www.bloguerocoisanenhuma.blogspot.com

Alguns Livros de Julio Urrutiaga Almada

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