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Showing posts from October, 2009
Correio Elegante Sinto muito Podes mudar: Tudo. Mas não O que sinto. E sinto, Sinto muito! Quando eu Mudar tudo, Nada, Do que possas mudar: Mudará o que sinto. Julio Almada do Livro Poemas Mal_Ditos
Máculas “A virtude, como os corvos, Faz seu ninho entre ruínas.” Anatole France Mordida de cachorro. Queda de montanha. Acesso de raiva. Queimadura. Agressão por objeto pontiagudo. Raspões. Ação de agentes corrosivos leves. Nenhuma bala havia deixado cicatrizes no meu corpo. A artilharia do destino se muniu de projéteis mais sutis: Desespero. Solidão. Amores camaleões. Rostos fingidos. Com o tempo tornei-me, colecionador de cicatrizes interiores. Julio Almada do Livro Caderno de Ontem
Te vejo aqui na Beira do caminho e te convido para visitar: www.bloguerocoisanenhuma.blogspot.com Um Blog para quem tem o diálogo no corpo!!! Um Abraço
“Ao ler, eu procuro um respiradouro…Se meu olhar escava entre as palavras, é para tentar discernir o que se esboça a distância, nos espaços que se estendem para além da palavra fim” (Calvino, Ítalo. 1999. Se um viajante numa noite de inverno . Trad. N. Moulin. São Paulo: Companhia das Letras). O livro Poemas Mal_Ditos, do poeta Julio Almada proporciona efeitos múltiplos. A cada nova poesia, a dualidade dos sentidos aflora, se avoluma e transborda em seus infinitos significados. A priori, o leitor mais precipitado, ávido por leituras superficiais, pode achar que o livro é construído em torno de clichês cansados. Mas, não se enganem, é ao contrário, construído com fervor, onde a intertextualidade com seus mestres, encena o jogo das palavras da liberdade e dos signos. Em cada verso há um pouco da medula óssea do autor. Suas palavras compõem, decompõem e recompõem sua voz lírica na árdua busca do fazer poético e de si mesmo. A angústia, a dr...
Poema Título do Meu Novo Livro : Em um mapa sem Cachorros Em um Mapa sem Cachorros Em um dia fúnebre Antes da hora Do Mês dito Agosto O prato do pranto Foi a flor que chora Frio e nunca no ponto O meu verso é dessa Forma: fugidio inexato O sangue não é lágrima Mas bóia no mesmo prato E eu de mim tudo perdi Ao olhar inconformado Os dias no calendário Rasgados e putrefatos Para dizer do tempo: venci E nunca de fato Ter o tempo segurado Umas vezes ele me prendia Nas outras me degolava E o sangue doce foi Uma mesa vazia De esperar e embaraço Tudo o que eu antes dizia Hoje me olha estupefato Frangalhos meu sonho inútil Outroras meus simulacros Nem fingir mais eu sei De tanto que me zombaram E se o verso me verte algo Me exaspera ser: enfático Sou a metade do caminho De um fim que nunca sabe A que veio aonde termina se depois de tanta armadilha Compensa todo vil pedaço. Julio Almada