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Showing posts from February, 2009
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Serpente O nosso amor era vertigem Pantanoso e desesperado Fez do fel o doce E do desfigurar a esfinge Os teus cabelos alisavam meu desgosto A língua palpitante e confundida Bebeu do todo embriagada Tempestade incessante as veias A tua face nunca ruborizada. Julio Almada, Do livro Hora Tenaz
lanterneiro é verdade, a vida é um troço de doer. dói, meu caro, dói, sim senhor, dói como um guarda-chuva aberto dentro do estômago, como uma ave no éter do petróleo, como um galo no ártico. dói como doem as pevides dentro da fruta, como dói o corpo dentro do quarto, como deus na eternidade das coisas que nunca existiram. atino em eufórica sensação de escombro: estar vivo é mais importante do que ser feliz! e não obstante sermos – entre a dor da morte e a dor do parto – este buquês de dores, jamais aceitaremos o éter na veia, o vaso de águas enfermiças, as roças de lápides e relógios, o repouso de quem cortou os pulsos. nossas vísceras são focos de incêndio. e se algum lugar de nossa carne transparente erguermos uma nave e um rito, não o faremos para o sofrimento, senão para que, antes de nos espojarmos nos degraus, brindemos a nossa próxima alegria Rodrigo Madeira do Livro Sol sem Pálpebras